O tal do IG

Vai fazer 5 anos que decidi voltar a me alimentar de forma saudável, e depois de ter voltado pra essa vida, acabei me interessando e pesquisando cada vez mais sobre os alimentos e o metabolismo humano. Não demorou muito pro termo “índice glicêmico”, ou IG, aparecer nas minhas leituras... Mas o que é esse tal de IG?

O Índice glicêmico nada mais é que um número que indica se o açúcar contido no alimento que você ingeriu vai para a corrente sanguínea de forma progressiva ou todo de uma vez.

Muitos alimentos possuem açúcar, mesmo que você não tenha adicionado! As frutas possuem açúcar em forma de frutose, os carboidratos são “desmontados” em forma de açúcar pelo seu corpo, os alimentos industrializados são adicionados de açúcar, etc

Então o alimento ingerido vai adicionar açúcar à sua corrente sanguínea, o que é chamado de glicemia. Quando isso ocorre, o pâncreas produz insulina para manter a glicemia dentro da normalidade.

Se o alimento ingerido libera todo o açúcar de uma vez na corrente sanguínea, seu pâncreas precisa produzir e liberar MUITA insulina para dar conta, e essa carga de insulina impede que você se sinta saciado, ou seja, vai ficar com fome logo e comer de novo, o que, a longo prazo, pode levar à obesidade e à um quadro de resistência à insulina, a chamada diabetes tipo II.

Os alimentos que possuem essa característica de liberar todo o açúcar de uma vez, são os que possuem ALTO ÍNDICE GLICÊMICO.

É muito difícil decorar o índice glicêmico de todos os alimentos, e outro fator que atrapalha esse entendimento é que quando combinamos 2 ou mais alimentos, o IG muda, não tendo uma relação com o IG dos alimentos antes da mistura. Mas dá pra entender o que faz o IG de um alimento baixar, que é o que queremos!

Pro açúcar de um alimento ser liberado gradualmente ele precisa estar associado à fibras, proteínas e/ou gorduras. Então uma banana, por exemplo, que não é uma fruta fibrosa (como a maçã), é de se esperar que tenha um IG alto. Para baixar o IG dela, podemos adicionar fibras, por exemplo linhaça, chia, aveia; proteína, por exemplo um iogurte; ou gorduras boas, por exemplo castanha do Pará, amêndoas, castanha de caju, nozes, etc.

Quando for comprar um alimento, não olhe apenas as calorias. Busque alimentos de qualidade e que nutram o corpo, não só saciem o paladar!