Cobrança

No último sábado (04/06/2016) fui com a minha família correr a Night Run, uma prova noturna, deliciosa, de 10Km em volta da lagoa do Taquaral, em Campinas.

Na quinta feira tinha voltado pra musculação, depois de quase 2 anos, então na sexta eu praticamente não conseguia andar e no sábado ainda não estava recuperada. Largamos às 20h e eu logo percebi que não ia ser dia de quebrar recordes. As pernas estavam pesadas!

Até a metade da prova eu consegui levar num ritmo bom. No quilômetro 5 minhas pernas travaram e foi aí que o sofrimento começou. Minha cabeça dizia “vamos Brenda, solta essas pernas”, “acelera!!”, “olha esse monte de gente te ultrapassando, vamos!”.

Eu não sei vocês, mas eu sou muito competitiva. Não entro em nada só pra participar, eu tô sempre querendo me superar, bater meus recordes, ganhar.

Passei 4.000 metros me cobrando, mesmo sabendo que toda a dor que eu estava sentindo não ia passar, e que eram consequências do treino que fiz. Vivi um dilema. Ao mesmo tempo me forçava a pensar que não é possível melhorar meu tempo em todas as corridas e que a dor que eu sentia era normal e eu deveria respeitar, também não saia da minha cabeça que eu precisava acelerar, apertar o passo, vencer a dor.

A cada passo, uma luta mental e física, e no fim das contas cruzar aquela linha de chegada foi uma grande vitória! Não melhorei meu tempo, mas com certeza fiquei mais forte mentalmente e me sinto muito mais preparada pros próximos desafios!

gif: blog Flávio Pereira